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   A hermenêutica é a ciência ou o método de interpretar a Bíblia. Quando você lê a Bíblia, existem algumas regras básicas que devem ser seguidas a fim de entendê-la corretamente. Lembre-se, você tem acesso à mesma Bíblia que teólogos e pastores têm. Eles não têm nenhum "insight" especial que você não tenha. Como cristão, você tem o privilégio e a obrigação de ir para a Palavra de Deus por si mesmo.

1. A Bíblia é literatura

   A Bíblia é literatura. É a infalível Palavra de Deus, mas também é literatura. Ela usa linguagem poética, apocalíptica, simbólica e literal. É imperativo do estudante determinar o gênero literário de cada passagem, a fim de compreender o verdadeiro significado. A Bíblia não pode ser lida como um jornal.

2. A Bíblia é um livro Pactual

   Lembre-se que a Bíblia é um livro de aliança de Gênesis a Apocalipse. Ela não está preocupada com o físico e literal tanto quanto é com o espiritual e com a aliança. A criação e porções proféticas da Escritura são principalmente de aliança, não literal e nem físicas.

   Considere que o Novo Testamento ou Novo Pacto - conforme Hebreus 9:16 e 17 - só inicia na morte do Salvador e em Sua ressurreição - conforme João 2:20 ao 22.

   Sendo assim, é de grande importância lembrar que grande parte dos evangelhos narram ainda o período inter-testamentário.

3. Escritura interpreta a Escritura

   Comparar Escritura com Escritura, isso nos ajuda a determinar se a linguagem é literal ou simbólica. Por exemplo, podemos saber que a linguagem do sol, da lua e das estrelas em Mateus 24 é simbólica porque é usada simbolicamente em outras partes da Bíblia. Esta regra permite que a Bíblia se defina por si próprio.

4. Audiência é Relevante

   Nada da Bíblia foi escrita para nós. Foi escrito para nós, mas não diretamente para nós. Por exemplo, quando João escreveu o Apocalipse, ele estava escrevendo para sete igrejas históricas que existiam naquele tempo. Ele não estava se dirigindo à cristãos na América no século 21. Quando lemos as epístolas do Novo Testamento estamos lendo literalmente uma carta de uma pessoa escrita à outra pessoa. Como o público original leu determinado livro na Bíblia? O que isso significou para eles? Devemos ler a Bíblia através de um ponto de vista do antigo Oriente, não com olhos modernos do século 21, ou com um ponto de vista da cultura ocidental. A Bíblia deve ser lida através de uma mente hebraica (aliança), ao invés de uma mente grega (científica).

5. Contexto Textual

   Qual é o assunto que está sendo discutido no texto? Mantenha cada verso no contexto.

O texto é descritivo ou normativo?
Se é normativo, é normativo para qual público?
Até quando são válidas determinadas normas?

6. Contexto histórico

   Quando o livro foi escrito? Para quem foi escrito? Por que ele foi escrito? Em que circunstâncias? Se alguém daqui à 2.000 anos tiver acesso à algum jornal do nosso tempo e ver desenhos animados com elefantes e asnos, ele não entenderá o verdadeiro significado daqueles desenhos animados se ele tentar interpretá-los literalmente. Ele teria que entender que o elefante e asno eram símbolos dos partidos políticos. Tal é o caso quando lemos a Bíblia. Se tentarmos tomar as imagens dadas em Apocalipse literalmente, perdemos completamente o ponto.

7. A linguística importa

   Às vezes a Bíblia usa palavras que têm vários sentidos. Exemplo: A palavra carne no grego é sarx, que pode significar carne no sentido físico, carne como natureza pecaminosa do homem, carne como toda humanidade e etc. O que vai determinar é o contexto em que está inserida tal palavra.

8. Aplicação importa

   É de extrema importância entender o que o texto significou para seus primeiros ouvintes e como eles entenderam, mas não precisamos parar por aí, precisamos saber o que o texto ensina para nós hoje que somos os cristãos da Nova Aliança.

   O que ela me ensina? O que ela me corrige? No que ela me consola? Quais pecados e Heresias ela condena?

   Para saber mais sobre a Natureza do Preterismo clique aqui.

9. Divisões de capítulos

   Não há divisões de capítulos nos manuscritos originais. Portanto, o assunto não muda necessariamente só porque há mudanças de capítulo.

10. Traduções da Bíblia

   Nós temos muitas versões em língua portuguesa. A maioria das traduções da Bíblia podem ter pequenos equívocos e os tradutores podem interpretar a Bíblia de acordo com seus próprios pontos de vista.

   As versões ou traduções podem conter erros, pois a inspiração é voltada somente para o originais. Então os tradutores podem errar nas traduções. É bom e importante que se tenha versões diferentes para ver as variações e qual palavra se encaixa melhor, além de facilitar a memorização e a "intimidade" com o texto. Você precisa ter acesso a bons dicionários e léxicos, para saber o significado das palavras, pois como sabemos, a Bíblia foi escrita em Hebraico, Grego e alguns poucos trechos em Aramaico.

   O verso seguinte pode servir como um teste não-exaustivo de uma tradução da Bíblia:

   "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória".
                                                                             
(Mateus 24:30 - o grifo é meu)

   A tradução correta de acordo com o original grego é "tribos da terra", e não "povos da terra". A palavra grega em Mateus 24:30 é Phula, que significa “tribos”. Se fosse “nações” ou “povos” teria de ser a palavra grega ethnoi. Talvez, o tradutor seja de uma linha de pensamento que crê que Mateus 24 refere-se ao fim do mundo e a volta de Jesus, e por isto, pode ter sido influenciado pela sua crença ao traduzir como "povos da terra". Todavia, alguns tradutores têm colocado notas de rodapé para explicar o porquê de sua tradução, ou qual seria a tradução original.

   Mas, não se preocupe e nem se apavore com isto, pois as nossas traduções em língua portuguesa estão entre as melhores do mundo. Num livro do tamanho da Bíblia, poderá sim ocorrer pequeninos equívocos de tradução. Tal caso não é o problema e nem nos atrapalha na caminhada de fé.

11. Jesus como Chave Hermenêutica

   O Grande intérprete de toda a Escritura, bem como da vida e de todas as coisas, é o Senhor Jesus Cristo. Sua vida e obra descrita nos quatro evangelhos, deve servir de base para se interpretar qualquer coisa. Os atos e palavras de Jesus, feitos e ditos as claras, servem na interpretação de todas as coisas. Portanto, só para citar um exemplo, as claras palavras de Jesus no sermão profético de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21, servem de base para interpretarmos o Apocalipse e a escatologia bíblica em geral.

 

 

Fonte: www.arquivopreterista.blogspot.com.br

Preterismo: Como ler a Bíblia?
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Por Mateus Fonseca

Adaptação e alteração
por César Francisco Raymundo