Dispensacionalismo e relógio profético

Relógio profético. Imagem da American Vision
__________

Hoje é o 70º aniversário da criação política do Estado de Israel [em 14 de Maio de 2018].

Este fato é crucial para os fundamentalistas americanos. Isso ocorre porque a maioria deles acredita em algo que seus pastores chamam de "o relógio profético". Ele começou a funcionar em 14 de maio de 1948, ou assim eles foram informados por uma geração de pastores e autores. Mas há um problema. Não deveria continuar com mais de 70 anos - o tempo de vida normal de uma geração.

Antes de explicar tudo isso, quero que você entenda que os fundamentalistas americanos são quase todos dispensacionalistas. Isso é chamado de dispensacionalismo pré-tribulação, e pelo menos 99% dos dispensacionalistas são dispensacionalistas pré-tribulação . Eles acreditam que os cristãos serão retirados da história antes do horror conhecido como a Grande Tribulação, que virá principalmente sobre os judeus que vivem no Estado de Israel após o arrebatamento.

O apoio político inabalável de 70 anos do fundamentalismo norte-americano ao Estado de Israel baseou-se na doutrina do arrebatamento.

O arrebatamento é o termo que os fundamentalistas usam para descrever a transferência sobrenatural da residência de todos os cristãos vivos da terra para o Céu sem a morte como porta de passagem. Essa essência da crença pode ser resumida por uma variação da famosa carta “vá diretamente para a cadeia” no jogo de tabuleiro Monopólio: “Vá diretamente para o céu. Não passe a morte”. Os cristãos, assim, enganavam os colecionadores, credores hipotecários, dívidas de cartão de crédito e até dívidas de faculdades. Acima de tudo, seus herdeiros escapariam dos agentes funerários.

O arrebatamento deveria ter ocorrido o mais tardar em 2011, de acordo com a interpretação do popular Dispensacionalismo sobre a profecia bíblica. Todos os cristãos deveriam ter sido retirados da história para o Céu. A Grande Tribulação para os judeus na Palestina deveria ter começado então. Jesus e Seus anjos deveriam ter voltado ontem para estabelecer um governo cristão mundial dirigido por cristãos imortais que o acompanham.

Isso não aconteceu. O popular Dispensacionalismo tem um grande problema teológico para responder. Também é um problema prático e psicológico. Nos últimos 70 anos, a interpretação popular da profecia bíblica entre os dispensacionalistas tem sido a seguinte: o relógio da profecia começou a funcionar novamente em 14 de maio de 1948 . Tinha 70 anos para ser executado. O relógio parou.

O que fazer agora?

O relógio da profecia

Qual é o relógio da profecia? É uma metáfora. A Bíblia não fala desse relógio. A ideia foi inventada por teólogos dispensacionais há cerca de um século. Tem a ver com a profecia de Jesus no capítulo 24 de Mateus sobre as coisas sombrias que Ele descreveu que ocorreriam na Judéia antes que Ele retorne para julgar o mundo.

"Quando, pois, virdes a abominação da desolação de que fala o profeta Daniel, repousar no lugar santo (quem lê, entenda): Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; no terraço não desça para tirar alguma coisa da sua casa; nem tampouco o que está no campo volte para tirar suas vestes. E ai das que estão grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! Mas orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E a menos que esses dias sejam abreviados, nenhuma carne deve ser salva; mas, por causa dos escolhidos, esses dias serão abreviados".
(Mateus 24:15-22 - King James Version)

Isso, disse Ele, aconteceria no que Ele disse ser "esta geração".

   "Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.
   Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam".
                                                                                           (Mateus 24:32-34)

É óbvio [para os mestres dispensacionais] que isso não aconteceu literalmente durante as vidas das pessoas que O escutavam. A partir do segundo século d.C., os teólogos da igreja explicam esse aparente atraso em termos de um cumprimento não literal. Uma explicação comum era que essa profecia foi cumprida com a destruição de Jerusalém pelo exército romano e do templo no ano 70 d.C. Eu publiquei o livro convincente de David Chilton sobre a Grande Tribulação, em 1987. Você pode baixá-lo gratuitamente aqui .

Teólogos dispensacionais dizem que as profecias bíblicas devem ser interpretadas literalmente. Portanto, mesmo assim, eles rejeitam a antiga interpretação da igreja de que a profecia de Jesus se referia à queda de Jerusalém, que ocorreu nas vidas de alguns dos que ouviram Suas palavras. Teólogos dispensacionais argumentam que a profecia da Grande Tribulação não foi feita para aqueles que O escutavam. Esse aviso seria aplicado a uma geração futura. Aplicou-se à geração que estaria viva quando os eventos literais tivessem que acontecer. Então, eles argumentaram que o relógio da profecia parou de funcionar antes do final do primeiro século d.C. Mas por causa do autoproclamado literalismo do Dispensacionalismo, o relógio teria que recomeçar para permitir o cumprimento literal da advertência de Jesus.

Depois de 14 de maio de 1948, um número crescente de pregadores e autores dispensacionais começou a identificar essa data como a data em que Jesus pretendia que Sua profecia começasse a se aplicar literalmente. Eles começaram a usar a frase “o relógio profético”. Dizia-se que ele começou a funcionar com o advento do Estado de Israel.

A advertência do popular Dispensacionalismo
aos judeus em Israel

Essa interpretação do relógio da profecia era tão comum antes de 1988, quando os 40 anos associados a uma geração acabaram, que vendeu milhões de livros. O livro de Hal Lindsey, Late Great Planet Earth [A Agonia do Grande Planeta Terra] (1970) vendeu mais de 35 milhões de cópias. Ele e sua escritora-fantasma de longa data, Carole C. Carlson, foram bastante explícitos.

Para eles uma geração na Bíblia é algo como quarenta anos. Se esta é uma dedução correta, então dentro de quarenta anos ou mais desde 1948, todas essas coisas poderiam acontecer. Muitos estudiosos que estudaram a profecia bíblica durante toda a vida acreditaram que era assim.

Para eles, o sinal mais importante em Mateus tem que ser a restauração dos judeus à terra no renascimento de Israel. Mesmo a figura do discurso da “figueira” tem sido um símbolo histórico do Israel nacional. Quando o povo judeu, depois de quase 2.000 anos de exílio, sob perseguição implacável, tornou-se uma nação novamente em 14 de maio de 1948, a “figueira” lançou suas primeiras folhas.

Jesus disse que isso indicaria que Ele estava “à porta”, pronto para retornar. Então Ele disse: “Em verdade vos digo que não passará esta geração até que todas estas coisas aconteçam” (Mateus 24:34).

Que geração? Obviamente, no contexto, a geração que veria os sinais -o principal entre eles o renascimento de Israel. Uma geração na Bíblia é algo como quarenta anos. Se esta é uma dedução correta, então dentro de quarenta anos ou mais desde 1948, todas essas coisas poderiam acontecer. Muitos estudiosos que estudaram a profecia bíblica durante toda a vida acreditaram que era assim (pp. 53-54).

Ele reforçou isso com seu livro, The 1980s: Countdown to Armageddon (1980) [Os anos 80: Contagem regressiva para o Armagedom], que vendeu 20 milhões de cópias. Na página 8, ele escreveu:

“...a década de 1980 poderia muito bem ser a última década da história como a conhecemos”.

No ano seguinte, ele e Carlson escreveram “Hope for the Terminal Generation” [Esperança para a Geração Final].

Ele cobriu suas apostas com o evasivo "poderia ser", mas seus livros não venderam mais de 60 milhões de cópias com base na frase "poderia ser". Os leitores entenderam o que ele estava dizendo ao vincular o cumprimento da profecia de Jesus a data de 14 de maio de 1948. Eles leram "será" [ao invés de "poderia ser"].

Chuck Smith, pastor da megaigreja Calvary Chapel, no sul da Califórnia, começou seu ministério na mesma época em que Lindsey começou a alguns quilômetros de distância: no início dos anos 60. Ele foi um dos principais promotores da data de 14 de maio de 1948. Ele escreveu um livro seis anos depois do Late, Great Planet Earth. O seu livro foi intitulado The Soon to be Revealed Antichrist [O Anticristo em Breve Revelação]. Ele insistiu que “estamos vivendo na última geração que começou com o renascimento de Israel em 1948 (ver Mateus 24:32–34)”. Dois anos depois, ele disse isso novamente em seu livro End Times [Fim dos Tempos]:

"Se eu entendi as Escrituras corretamente, Jesus nos ensinou que a geração que vê o 'brotar da figueira', o nascimento da nação de Israel, será a geração que vê o retorno do Senhor. Eu acredito que a geração de 1948 é a última geração. Como uma geração de julgamento é de quarenta anos e o período da Tribulação dura sete anos, acredito que o Senhor poderia voltar para Sua Igreja a qualquer momento antes do início da Tribulação, o que significaria qualquer momento antes de 1981. (1948 + 40-7 = 1981) (p. 35)".

Depois de 1988, o 40º aniversário da criação do Estado de Israel, a definição da geração por parte do popular Dispensacionalismo tornou-se vaga. O arrebatamento deveria ter ocorrido em 1981. Lindsey tentou, nos últimos anos, afastar-se do que ele e Carleson claramente escreveram. Um exemplo de 2009 de sua agitação está aqui . Mas ele não ousou abandonar sua visão. Doações secariam. Ele terminou seu artigo contorcendo-se com isso:

"Em resumo, assim como as primeiras folhas da figueira indicam que o tempo geral do verão está próximo, embora a aparência de todos os sinais previstos em concerto dentro de um período de tempo apareça, isso indica que o tempo geral da vinda de Cristo está próximo. E todos nós somos ordenados a “reconhecer” que Sua vinda está próxima pelo verbo de humor imperativo desta Escritura.
Eu acredito que os sinais que escrevi no Agonia do Grande Planeta Terra ainda são válidos. De fato, mais agora do que nunca".

Ele tem um problema. Ele o reconhece desde 1977. Ele foi entrevistado pelo Prof. Ward Gasque, da Regent University, no Canadá. Lindsay falou da década de 1980 como a data do arrebatamento. Ele se protegeu, mas não o suficiente.

"Mas tenho certeza de que acontecerá antes do ano 2000.

Mas e se você estiver errado?", Perguntei. Lindsey respondeu: “Bem, há apenas uma diferença de segundo entre um herói e um vagabundo. Eu não pedi para ser um herói, mas eu me tornei um na comunidade cristã. Então eu o aceito. Mas se eu estiver errado sobre isso, acho que serei um vagabundo”. (Christianity Today , 15 de abril de 1997, pp. 40-41)

Ele ainda está no YouTube diariamente aos 88 anos, ainda oferecendo interpretações baseadas em jornais sobre os "sinais dos tempos". Ele ainda apóia o Estado de Israel.

As cabeças mais sábias entre os teólogos do seminário não eram explícitas em 1948, mas tinham audiências minúsculas. Os livros mais vendidos se concentraram em 1948 como um claro indicador de que o relógio profético estava mais uma vez tiquetaqueando.

Até o colapso da União Soviética em 25 de dezembro de 1991, o popular Dispensacionalismo ensinava que a União Soviética seria a agência terrestre de Satanás em torno de Jerusalém na Grande Tribulação. Os dispensacionalistas previam que a URSS [União das Repúblicas Socialistas Soviéticas] seria opressora desde sua criação em 1971. A história dessa interpretação está aqui . O colapso da URSS criou um enorme problema para o popular Dispensacionalismo. Eu escrevi sobre isso em meu livro de 1993, Rapture Fever [Febre do Arrebatamento]. Você pode baixá-lo aqui.

Ao usar 15 de maio de 1948 como seu marcador de data, não há como os dispensacionalistas escaparem das implicações da falta de um arrebatamento sete anos antes da Grande Tribulação. Não houve tal tribulação. O mítico relógio profético parou de funcionar em 13 de maio de 2018. Os dispensacionalistas não têm mais marcadores de data. Sem um marcador de data, eles não têm relógio profético. O arrebatamento deveria ter ocorrido em 2011.

Eles apostaram na contabilidade exegética na data de 14 de maio de 1948. A contabilidade será excluída intelectualmente quando a geração da expectativa de vida da figueira for redefinida como 80 anos, 90 anos ou 100 anos. O movimento não poderá recrutar líderes intelectuais. Homens intelectualmente sérios não construirão suas carreiras teológicas em torno de predições altamente específicas e flagrantemente imprecisas de seus antecessores com base em uma data altamente específica, apenas para passarem uma vida inteira confusa à medida que os judeus na Palestina ficam senis, incapazes de perceber a Grande Tribulação diante de seus olhos.

A vasta maioria dos dispensacionalistas depois de 1948 acreditam que os cristãos não serão submetidos à Grande Tribulação. Essa foi uma grande motivação para adotar essa teologia: uma cláusula de escape. Apenas um pequeno punhado de dispensacionalistas disse que os cristãos passarão pela Grande Tribulação.

Antes dos anos 1880 nos Estados Unidos, havia pré-milenistas. Eles não eram dispensacionalistas. Eles não acreditavam que a profecia bíblica se aplicava aos judeus ou ao Estado de Israel. Eles ensinaram que os cristãos passarão pela Grande Tribulação antes de Jesus voltar pessoalmente para estabelecer um reino de 1.000 anos na Terra e na história. Eles chamam este período o milênio.

A vasta maioria dos cristãos não acredita que o Milênio ou a Grande Tribulação serão cumpridos literalmente. Eles são amilenários. A Igreja Católica e a Ortodoxia Oriental são amilenistas. Na Igreja Ocidental, isso remonta a Agostinho.

Repensando a Teoria da Mortalidade
e o Dispensacionalismo

Por causa dessa fé na data do início do relógio profético, milhões de fundamentalistas americanos acreditaram nos últimos 70 anos que serão levados para fora da história no arrebatamento, que absolutamente teve que acontecer antes 14 de maio de 2018. A crença tem sido quase universal. Dezenas de livros foram escritos sobre o arrebatamento. Todos eles tiveram a mesma mensagem: os leitores, se forem cristãos nascidos de novo, e se não morrerem antes de 14 de maio de 2018, pensarão que nunca passarão pela morte física. Em vez disso, seus corpos serão levados para o Céu, onde serão transformados. Eles serão imortais no Céu por sete anos. Então eles acompanharão Jesus e seus anjos quando Jesus retornar pessoalmente para estabelecer um Estado Internacional Único mundo. Esta será uma enorme burocracia de cima para baixo.

Nunca é dito especificamente onde a sede de Jesus será, mas geralmente é assumido que será em Jerusalém.

Os dispensacionalistas acreditam que eles governarão politicamente por mil anos, quando Satanás e seus demônios se rebelarão. Jesus e Seus anjos vão acabar com essa rebelião no ato final da história antes do julgamento final.

Essa crença impediu os dispensacionalistas de desenvolver qualquer forma de teoria política. Para eles, nenhuma teoria política válida hoje, antes do Estado Cristão Mundial, tem algum valor. Não existirá no Milênio. O mesmo se aplica a toda teoria econômica. O que quer que seja aplicável hoje, tanto no socialismo quanto no capitalismo, não prevalecerá na ordem burocrática cristã que se aproxima.

A grande exceção política

Há uma exceção a esse silêncio em relação à teoria política cristã entre os dispensacionalistas. Esta é a exceção do apoio político ao Estado de Israel. Eles não se desculpam por seu apoio ao Estado de Israel. Não importa qual partido político lidera o governo nacional da coalizão (nenhum partido conseguiu a maioria no Knesset). Eles estão convencidos de que o governo dos Estados Unidos continuará a fornecer ajuda econômica ao governo israelense, que está na faixa de US $ 3 bilhões a US $ 4 bilhões por ano.

Por quê? Porque a sobrevivência do Estado de Israel é obrigatória para sua teoria do arrebatamento. Se os cristãos devem escapar dos cuidados e responsabilidades deste mundo sem morrerem, eles devem ser arrebatados (um verbo de voz passiva) antes da Grande Tribulação. A Grande Tribulação deve vir sobre Israel. Se o Estado de Israel for de algum modo derrotado militarmente por inimigos regionais e, portanto, deixar de existir, então a Grande Tribulação deve estar em um futuro distante - talvez séculos - quando um novo e melhorado Estado de Israel será estabelecido. Se este fosse o caso, então não poderia haver esperança legítima no arrebatamento como o caminho da libertação hoje. Eu escrevi os detalhes dessa visão do apoio dispensacionalista aos governos de Israel para Lew Rockwell em 2000: clique aqui.

“Todo mundo quer ir para um refúgio, mas ninguém quer morrer”. Esta canção popular do evangelho alvo aponta para o problema psicológico dos dispensacionalistas. A doutrina do arrebatamento oferece uma cláusula de escape. Os dispensacionalistas se apegam a isso, apesar do fato de que não há mais relógio profético e, portanto, não há como justificar a confiança de ninguém de que ele está vivendo no suposto fim dos tempos.

Paulo chamou a igreja de "o Israel de Deus" (Gálatas 6:16). Mesmo assim, não é aconselhável que os cristãos recomendem subsídios do governo federal à igreja. É ainda mais imprudente que eles recomendem ajuda federal ao governo do Estado de Israel.

Conclusão

Chega uma hora em que um homem sábio abandona a derrota intelectual da visão de mundo que ele amava. Os dispensacionalistas nos bancos não estão mais em massa comprando livros de bolso sobre o arrebatamento.

A ideia de um relógio profético revivido nunca ofereceu esperança legítima. Jesus foi claro: não haverá tempo em que a igreja seja separada de seus inimigos neste mundo antes do julgamento final.

   "Outra parábola pregou-lhes: Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;
   Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
   E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
   E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?
   E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?
   Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.
   Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro".
                                                                                         (Mateus 13:24-30)

Ele explicou seu significado para os discípulos:

   "Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
   E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem;
   O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno;
   O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.
   Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.
   Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade.
   E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
   Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça".
                                                                                     (Mateus 13:36-43)

Você tem ouvidos? Então ouça.

***

Para mais informações sobre o entendimento bíblico de Mateus 24 , Apocalipse, Profecia Bíblica e “Últimos Dias”, veja a enorme coleção de recursos relevantes disponíveis em nossa seção literaturas.

* Originalmente publicado no GaryNorth.com .

Foto de capa de YongL sob licença CC BY-NC-ND 3.0 (modificado por corte).

Saiba mais sobre esta escatologia otimista, acesse todo o conteúdo do site www.revistacrista.org

Fonte: www.americanvision.org
Acessado dia 15 de Maio de 2018.